O novo quarentão da música inglesa não gosta de se mexer muito sobre o palco, torce para o Manchester City (recentemente foi expulso do estádio por algazarra após sua equipe levar um gol), foi vocalista de uma das maiores bandas do britpop ao lado do irmão, com o qual sempre teve uma relação tempestuosa. Adivinhar é fácil. Parabéns, Liam Gallagher, o tão adorável quanto desprezível líder do Beady Eye e ex-Oasis, dono de um ego capaz de lotar estádios. Figurinha constante nas manchetes dos jornais e sites com suas pérolas de ácida sabedoria e rabugice. Na comemoração desta data tão especial, separamos as dez grandes frases da metralhadora chamada Liam contra tudo e todos – menos contra o constante alvo Noel, seu irmão mais velho, afinal, é dia de comemoração. Coloque o colete à prova de balas e divirta-se.
O Radiohead de Tom Yorke foi novamente alvo das indignações musicais de Liam, desta vez com o lançamento do experimental álbumThe King of Limbs, no ano passado. "Gosto de pensar que o que fazemos, fazemos bem. Mas escrever uma música sobre uma maldita árvore? Me dá um tempo, porra. Uma árvore de mil anos de idade? Vão se foder!", esbravejou o mais novo dos Gallagher para a The Quietus, em março de 2011.
Em março de 2010, Liam foi escolhido pelos leitores da revista inglesa Q como o maior vocalista de todos os tempos. Foi como levantar a bola para o líder do Beady Eye cortar, sem bloqueio. E ele respondeu com, veja só, alguma humildade. “Existe Elvis e eu. Não saberia dizer qual dos dois é melhor.” Em outros tempos, você saberia, Liam.
Durante os anos 90, não havia rivalidade musical maior na Inglaterra do que a existente entre Oasis e Blur. Em uma das reuniões da trupe de Damon Albarn, anunciada no fim de 2008, Liam não perdeu a oportunidade de cornetar os antigos rivais – e sobrou até para pobre Kaiser Chiefs, nascido na geração dos anos 2000 e que não tinha nada com isso. “Eu sou a favor [da reunião], irá acabar com o Kaiser Chiefs e colocá-los na cama. Não existe nada pior do que uma cópia de merda do Blur. A merda do Blur original vai acabar com essas porcarias de cópia”. A declaração foi dada para o The Sun, em maio de 2009.
Eis mais uma prova de que Liam possui um bom coração. No auge de sua capacidade de falar bem, mesmo que falando mal, o ex-vocalista do Oasis fez questão de mostrar aoThe Guardian, em agosto de 2008, como não desgosta de Coldplay e Radiohead. “Eu não odeio eles, não desejo que eles sofram acidentes. Eu acho que os fãs deles são chatos, feios e que não parecem estar se divertindo.”
Não foi todo mundo que gostou do discoRudebox, de Robbie Williams, apesar da boa vendagem. Williams reclamou e ouviu uma sonora bronca de Liam, através de uma entrevista para a MTV, no início de 2007: "Ele é uma drama queen [rainha do drama]. Você faz uma merda de álbum e quer que todos sintam pena de você? Idiota”.
Nosso aniversariante também tem um bom coração, segundo ele mesmo, é claro. Nesta nova "egotrip", Liam procura mostrar o quão é gentil no fundo... Bem no fundo, mesmo. “Eu sou um sujeito sensível, bonito e amável que estapeia um fotógrafo vez ou outra porque eles entram no meu caminho”, confessou ao site Sky.com, em julho de 2005. É muita fofura.
É possível perceber que a irritação de Liam tem aumentado nos últimos tempos – talvez sejam as comparações entre os novos trabalhos, com o Beady Eye, e do irmão mais velho Noel, com sua banda High Flying Birds. O alvo desta vez foi Matthew Bellamy, vocalista do Muse. “O Muse me assusta. Eles são uma merda assustadora. Mas as pessoas gostam deles, ao menos eles tocam guitarras. Mas quando eu ouço a voz dele, penso: ‘Ah, ele que se foda’”, disparou Liam para a GQ norte-americana, em junho de 2011.
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